A quarta geração de consolas de jogos abriu a porta à Era dos 16 bits em Outubro de 1987, quando a empresa NEC lançou no mercado a sua plataforma de consolas de jogos TurboGrafx-16 e, ainda que a NEC tenha sido pioneira, as consolas que realmente acabaram a dominar o mercado foram a Super Nintendo e Sega Mega Drive (Sega Génesis). Graças às campanhas de marketing de ambas as empresas, as personagens dos seus jogos penetraram profundamente no imaginário do público, um bom exemplo são o canalizador Super Mário e o ouriço azul Sonic.
No princípio dos anos 90, a empresa japonesa SNK (atualmente SNK Playmore) lançou no mercado um sistema de 16 Bits chamado NeoGeo, baseado em cartuchos de máquinas Arcade. Os seus gráficos na altura eram espetaculares para a época e a sua qualidade de som infinitamente superior teriam-no catapultado para o topo, mas o seu elevado preço deixou a consola ao alcance de poucos. Jogos como Fatal Fury, Samurai Shodown, Last Blade e Metal Slug formaram parte do catálogo de jogos.
As consolas de quinta geração como Sega Saturn e Playstation iniciaram a época dos 32 Bits, brindando os seus jogadores gráficos em 3D e som de qualidade de CD. Posteriormente apareceu a primeira consola de 64 Bits (Nintendo 64) e mais tarde a primeira de 128 bits (Playstation 2).
Agora pode reviver a época dourada dos videojogos montando uma máquina de jogos com Raspberry Pi e RetroPie, um completo sistema de imitação de consolas e máquinas arcade.
Instalação de RetroPie
O primeiro passo será descarregar isto do RetroPie. Para este tutorial eu descarreguei a versão 2.3. A seguir gravamos a imagem num cartão SD, se possível de 8GB ou superior. Usar um cartão SD de classe 10 fará com que o funcionamento em geral seja mais fluido.
Quando tivermos o RetroPie instalado no cartão, colocamo-lo no Raspberry Pi e iniciamos o mesmo, de seguida vai-nos aparecer EmulationStation, que é uma espécie de menu interativo para executar os emuladores de forma simples apenas pressionando um botão e sem ter que escrever comandos no terminal.
Ao arrancar, vai-nos pedir para configurar os comandos para navegar nos menus do EmulationStation, siga as instruções. A lista de compatibilidade com dispositivos USB é bastante ampla por isso julgo que não terá problemas em configurar o teclado ou um joystick.
A seguir, vamos ligar o Raspberry Pi ao Wifi (se usar uma ligação através de cabo de rede pode passar para os passos seguintes). Para ligar o Raspberry Pi ao Wifi saímos de EmulationStation através do menu, com a opção ‘Quit’ e seguido de ‘Exit EmulationStation’. Quando estivermos no terminal escrevemos:
startx
Vai-se iniciar o interface gráfico do Raspbian e já podemos configurar o wifi como faríamos de uma forma normal, abrimos a janela de configuração do wifi a partir do menu da barra de tarefas, digitalizamos as redes disponíveis e fazemos duplo clique na rede wifi escolhida, colocamos a senha e ligamos à rede. Agora já podemos aceder ao Raspberry Pi via SFTP com WinSCP ou idêntico para fazer upload das nossas ROMS.
Instalação das ROMS
As roms estão na pasta /home/Pi/RetroPie/Roms, podem ir comprimidas em formato .ZIP, isto vai-nos poupar espaço no cartão SD. Algumas consolas como a Playstation ou a NEOGEO necessitam de colocar o arquivo ‘imagem’ da BIOS da consola nas pastas correspondentes.
Uma pequena ajuda, para a Playstation necessita da BIOS ‘scph1001.bin’ de 512Kb e para a NEOGEO um arquivo chamado ‘neogeo.zip’ de 1,5MB aproximadamente.
As bios das consolas colocam-se no cartão /home/Pi/RetroPie/Bios, menos a bios da NEO-GEO que deve ficar na pasta das roms da consola, em /home/Pi/RetroPie/Roms/neogeo, se não existe esta pasta, pode cria-la manualmente.
Eu fiz o download de algumas ROMS para testar, sobretudo de MegaDrive e Playstation que são as consolas que eu tive na minha juventude e também de NEOGEO. Jogos como o King of Fighters ou o Metal Slug, aqui estão algumas imagens:
As consolas/máquinas arcade/sistemas que o RetroPie pode imitar são:
- Amiga (UAE4All)
- Apple II (LinApple)
- Apple Macintosh (Basilisk II)
- Armstrad CPC (CPC4RPi)
- Arcade (PiFBA, Mame4All-RPi)
- Atari 800
- Atari 2600 (RetroArch)
- Atari ST/STE/TT/Falcon
- C64 (VICE)
- CaveStory (NXEngine)
- Doom (RetroArch)
- Duke Nukem 3D
- Final Burn Alpha (RetroArch)
- Game Boy Advance (gpSP)
- Game Boy Color (RetroArch)
- Game Gear (Osmose)
- Intellivision (RetroArch)
- MAME (RetroArch)
- MAME (AdvMAME)
- NeoGeo (GnGeo)
- NeoGeo (Genesis-GX, RetroArch)
- Sega Master System (Osmose)
- Sega Megadrive/Genesis (DGEN, Picodrive)
- Sega Mega-CD (Picodrive)
- Sega 32X (Picodrive)
- Nintendo Entertainment System (RetroArch)
- N64 (Mupen64Plus-RPi)
- PC Engine / Turbo Grafx 16 (RetroArch)
- Playstation 1 (RetroArch)
- ScummVM
- Super Nintendo Entertainment System (RetroArch, PiSNES, SNES-Rpi)
- Sinclair ZX Spectrum (Fuse)
- PC / x86 (rpix86)
- Z Machine emulator (Frotz)
Últimos ajustes
Para jogar de forma fluída, recomendo faezr overclock do Raspberry Pi, eu coloquei-o a 900Mhz através do menu ‘raspi-config’ na opção ‘overclock’, acedemos escrevendo no terminal:
sudo raspi-config
Lembre-se que puxar demasiado do processador fará com que aqueça em excesso, eu tenho dissipadores de alumínio no meu Raspberry Pi, e um pequeno ventilador de 5V na caixa, eu coloquei uma cola térmica e liguei aos pinos GPIO. O ventilador empurra o ar sobre o dissipador do processador e cria uma corrente de ar contínua dentro da caixa dissipando o excesso de temperatura.
Este simples sistema ajuda a manter a temperatura estavel, e assim conseguijogar Tekken 3 da Playstation sem problemas.
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